O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, denunciou nesta quinta-feira (13) o aumento das campanhas de infiltração e influência da China contra a ilha, destacando esforços de Pequim para enfraquecer a democracia taiwanesa. Lai apontou a intensificação de ações como exercícios militares, sanções comerciais e manipulação de setores da sociedade, incluindo grupos criminosos e alguns membros das forças armadas e da mídia, com o objetivo de forçar Taiwan a aceitar as reivindicações de soberania chinesas.
Em resposta a essas ações, o governo de Taiwan anunciou uma série de medidas, como a revisão rigorosa de visitas de cidadãos chineses e um aumento na vigilância sobre atividades suspeitas, incluindo espionagem. Dados oficiais indicam um crescimento significativo no número de acusações de espionagem envolvendo militares taiwaneses, o que preocupa o país sobre a possível perda de sua liberdade e democracia diante das pressões externas. Lai também sugeriu contramedidas econômicas e legais, incluindo ajustes nos fluxos de pessoas, dinheiro e tecnologia entre Taiwan e China.
O governo chinês, por meio de sua porta-voz, reafirmou sua posição de que Taiwan faz parte da China, e afirmou que os esforços de reunificação são inevitáveis, independentemente das ações de Taiwan. O Taiwan Affairs Office de Pequim respondeu às críticas dizendo que era natural que o povo taiwanês, incluindo figuras públicas, expressasse apoio à reunificação com a China. Apesar das ameaças, Taiwan continua a reafirmar seu compromisso com a autodeterminação, argumentando que somente o povo taiwanês pode decidir seu futuro.