A suspensão das operações da Voepass, determinada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido ao não cumprimento de exigências de segurança, traz consequências financeiras significativas tanto para a empresa quanto para os passageiros. Economistas apontam que a companhia enfrentará uma queda nas receitas pela paralisação da venda de passagens e o aumento dos custos, incluindo reembolsos a passageiros. Além disso, a crise já enfrentada pela Voepass, agravada por dívidas de R$ 215 milhões, pode dificultar a reestruturação financeira necessária para a retomada das operações.
A suspensão também afeta os consumidores, especialmente aqueles que já haviam adquirido passagens. A redução da oferta de voos pode gerar um aumento nos preços das passagens de outras companhias aéreas, agravando ainda mais a situação para os passageiros. A Anac orienta que os passageiros afetados têm direito ao reembolso integral ou à reacomodação em outro voo sem custos adicionais, com a empresa responsável pela venda da passagem tendo a obrigação de informar as alternativas disponíveis.
A Voepass, que antes operava em 16 destinos no Brasil, busca reverter a decisão da Anac e demonstrar que pode cumprir as exigências de segurança. A companhia garante que sua frota é apta para voos, mas ainda enfrenta desafios significativos, tanto financeiros quanto em relação à sua reputação, especialmente após o desastre aéreo em 2024. A empresa continua em negociação para retomar as operações e minimizar os impactos para os passageiros.