O julgamento da equipe médica responsável pela saúde de Diego Maradona teve início nesta terça-feira em Buenos Aires, com uma apresentação chocante do promotor Patricio Ferrari, que exibiu uma foto do ícone do futebol argentino encontrado em 25 de novembro de 2020, data de sua morte. A imagem serviu para reforçar a acusação de homicídio por negligência, evidenciando a condição de abandono do ex-jogador, que morreu em sua casa devido a insuficiência respiratória e parada cardíaca enquanto estava em internação domiciliar.
O advogado Fernando Burlando, representando as filhas de Maradona, fez declarações contundentes ao afirmar que o ex-jogador foi “assassinado” e que o plano para sua morte foi cuidadosamente orquestrado. Para Burlando, a morte de Maradona não foi um acidente, mas sim um crime perfeito, que envolveu uma série de ações negligentes que se estenderam desde 11 de novembro de 2020 até o dia de sua morte.
Sete profissionais de saúde estão sendo julgados no tribunal de San Isidro, acusados de homicídio com dolo eventual, devido à alegada omissão de cuidados essenciais e ao conhecimento das consequências fatais de suas ações. Eles enfrentam penas que variam de 8 a 25 anos de prisão. A enfermeira Dahiana Madrid, uma das envolvidas, ainda aguardará julgamento separadamente em júri popular.