O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que o país continuará a retaliar as tarifas arbitrárias impostas pelos Estados Unidos e acusou Washington de adotar uma postura contraditória, tratando questões de maneira equivocada. Em uma coletiva de imprensa durante a sessão anual do parlamento chinês, Wang destacou que os esforços chineses para ajudar os EUA a combater a crise do fentanil foram recebidos com tarifas punitivas, prejudicando as relações bilaterais. Ele também afirmou que nenhum país pode suprimir a China e manter boas relações ao mesmo tempo, alertando que essas ações não favorecem a estabilidade ou a confiança mútua.
A tensão entre os dois países se intensificou com a reintrodução de tarifas retaliatórias após a volta de Donald Trump à presidência. Os Estados Unidos impuseram tarifas de 20% sobre as importações chinesas, enquanto a China respondeu com tarifas adicionais de 15% sobre produtos americanos como carne e soja. Além disso, Pequim ampliou os controles sobre os negócios com empresas dos EUA, refletindo o ambiente de confronto comercial crescente.
Wang também abordou a postura dos EUA em relação ao comércio internacional, criticando a abordagem protecionista da administração Trump, que prioriza os interesses americanos em detrimento da cooperação global. Em relação à guerra na Ucrânia, o ministro chinês reafirmou a posição de Pequim de buscar uma resolução política do conflito e disse que, em retrospectiva, o conflito poderia ter sido evitado. Sobre Taiwan, Wang reafirmou a posição de que a ilha nunca foi um país e continuará sob a soberania chinesa, alertando que apoiar a independência de Taiwan representa uma ameaça à estabilidade da região.