Em 6 de fevereiro, a Polícia Federal apresentou indiciamentos contra cinco magistrados do Tribunal de Justiça do Maranhão, incluindo desembargadores e juízes. As acusações envolvem corrupção passiva, lavagem de dinheiro e a formação de uma organização criminosa. A investigação é fruto da Operação 18 Minutos, que revelou manipulação de processos judiciais com o objetivo de garantir benefícios financeiros, incluindo fraudes que desviaram recursos do Banco do Nordeste. O caso foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelo julgamento dos desembargadores.
O Tribunal de Justiça do Maranhão, em resposta às acusações, destacou que seguiu as orientações do STJ para afastar os magistrados implicados, reafirmando seu compromisso com a ética e transparência. A instituição ressaltou a importância de garantir uma investigação justa, enquanto outros casos semelhantes, em diferentes estados, vêm sendo investigados. A Polícia Federal também investiga possíveis vazamentos de informações sigilosas, além de irregularidades no judiciário de outros estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Tocantins e Bahia, revelando um quadro de corrupção e venda de decisões judiciais.
Essa série de investigações demonstra a amplitude do problema e o envolvimento de diversos tribunais no país. A Operação 18 Minutos se soma a outras ações da PF, que visam combater práticas ilícitas no âmbito judiciário. O afastamento de magistrados e a apuração de irregularidades são um reflexo das ações do governo e da justiça para combater a corrupção e restaurar a confiança na administração pública.