O Observatório da Violência Contra Jornalistas foi criado para monitorar e documentar ocorrências de violência contra profissionais da comunicação, visando garantir melhores condições para o exercício da profissão. Com a criação deste instrumento, espera-se que o Estado brasileiro atue mais efetivamente na proteção dos jornalistas e comunicadores, além de criar políticas públicas específicas para a área. O observatório também funcionará como um canal de diálogo entre jornalistas e o governo, com a finalidade de apoiar investigações e colaborar com a formulação de soluções adequadas.
A iniciativa tem o apoio de diversas entidades do setor, como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e foi impulsionada por um aumento da violência contra profissionais de comunicação, especialmente durante o governo anterior. Além disso, o observatório contará com um banco de dados sobre os casos registrados e terá uma composição composta por representantes do Estado e da sociedade civil. Essa estrutura tem como objetivo garantir que as políticas públicas atendam de forma mais eficaz às necessidades dos jornalistas, especialmente os que atuam em áreas de maior risco e em contextos locais.
Outro ponto importante discutido é a regulamentação da profissão de jornalista, especialmente após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desnecessidade de diploma universitário para o exercício da profissão. A Fenaj critica essa mudança e defende a necessidade de uma formação adequada para a prática jornalística, especialmente diante do crescimento do que é considerado “pseudojornalismo”, que pode comprometer a qualidade das informações e aumentar a disseminação de conteúdos falsos. O observatório, com a participação da academia e da sociedade civil, terá um papel importante em regular e combater esses novos desafios do jornalismo moderno.