A gripe aviária, causada pelo vírus influenza A (H5N1), tem ganhado destaque no início de 2024 devido ao aumento de casos nos Estados Unidos, afetando aves domésticas, gado leiteiro e humanos em contato com animais infectados. Embora a transmissão entre pessoas seja rara, a doença pode causar infecções graves, levando a síndromes respiratórias agudas e até à morte. As autoridades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o CDC, indicam que, por enquanto, o risco de uma emergência global é baixo, mas monitoram a situação constantemente.
Desde 2003, mais de 950 infecções humanas foram registradas, com cerca de 50% delas resultando em morte. O Brasil registrou um surto em aves silvestres em 2023, enquanto nos EUA, o número de casos subiu significativamente de um caso em 2022 para 66 em 2024. A infecção em animais não é nova e ocorre principalmente em locais com grande contato entre eles, como regiões de criação de aves e outros mamíferos, aumentando o risco de mutações virais e contaminação humana. Essa possibilidade tem gerado preocupação sobre a criação de cepas mais adaptadas a infecções entre humanos.
Especialistas alertam para os riscos de manipular animais doentes ou mortos e recomendam medidas rigorosas de vigilância e detecção precoce de casos. A OMS defende a importância de estratégias para reduzir o risco de contaminação, especialmente em trabalhadores expostos, e a promoção de uma abordagem de Saúde Única, que integra a saúde humana, animal e ambiental. O monitoramento contínuo é essencial para evitar um impacto maior da doença no futuro e avaliar possíveis avanços em vacinas contra o vírus H5N1.