O governo socialista da Espanha, liderado por Pedro Sánchez, tem se destacado como uma exceção no cenário europeu, onde os partidos de centro-esquerda enfrentam dificuldades. Ao contrário de outros países, onde o radicalismo de direita tem ganhado força, especialmente com a rejeição dos partidos social-democratas, a Espanha conseguiu alcançar um crescimento econômico de 3,2% no último ano. Esse desempenho positivo foi atribuído a políticas públicas que impulsionaram o gasto público e a imigração, considerando a chegada de migrantes como um motor para o crescimento econômico.
Além disso, o governo espanhol anunciou que, a partir deste ano, oferecerá permissões de residência e trabalho para até 900.000 migrantes indocumentados, o que representa uma estratégia ambiciosa para resolver as lacunas no mercado de trabalho. Em 2024, mais de 400.000 vagas foram preenchidas por migrantes e cidadãos com dupla nacionalidade, contribuindo para a queda histórica nas taxas de desemprego no país, que atingiram os níveis mais baixos desde a crise de 2008.
Este cenário de sucesso contrasta com a crescente ascensão da extrema-direita em outras partes da Europa, que tem alimentado ansiedades relacionadas à imigração e à estagnação econômica. Ao focar na integração dos migrantes e no estímulo ao crescimento econômico, a Espanha se posiciona como um exemplo de como políticas progressistas podem ter sucesso em tempos de desafios globais, embora a tendência de rejeição aos partidos de centro-esquerda permaneça forte em muitos países europeus.