Mais de uma dúzia de estados norte-americanos está estudando a criação de reservas estratégicas de Bitcoin, uma medida que, até pouco tempo atrás, parecia impensável. A ideia seria que os governos estaduais adquirissem Bitcoins para diversificar seus ativos e protegê-los contra a inflação. A proposta ganhou força depois de um apoio sinalizado por políticos e com o crescente valor das criptomoedas. Estados como Montana e Dakota do Sul recentemente entraram no debate, seguindo o exemplo de outros como Texas, Flórida e Pensilvânia, que já estão discutindo a viabilidade de implementar tais reservas.
O principal argumento a favor dessa medida é que o Bitcoin pode servir como uma proteção contra a inflação e uma forma de diversificação de portfólio financeiro, especialmente em um cenário de restrições fiscais e aumento dos gastos públicos. Para os defensores da ideia, os fundos públicos poderiam ser usados para adquirir Bitcoin ao longo de um período, oferecendo uma possível fonte de receita adicional. No entanto, os críticos apontam os riscos envolvidos, principalmente devido à alta volatilidade do Bitcoin, que pode gerar grandes perdas, tornando-o um ativo de risco elevado para o governo.
Embora a ideia de reservas de Bitcoin esteja ganhando atenção, ainda é incerta se ela se concretizará ou será apenas uma tendência passageira. O impacto dessa medida sobre o mercado de criptomoedas seria considerável, já que a compra de grandes quantidades de Bitcoin por estados poderia aumentar a demanda e elevar seu preço. No entanto, a aceitação de uma proposta dessa magnitude depende de uma mudança de percepção pública, com desafios políticos e eleitorais pela frente.