Elon Musk anunciou a intenção de fechar a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), um dos maiores órgãos de ajuda humanitária do mundo. Musk, que lidera o departamento de redução de gastos do governo de Donald Trump, afirmou que o presidente dos EUA concorda com a medida. A Usaid é responsável por uma parte significativa da ajuda externa dos EUA, que em 2024 representou 42% da assistência humanitária global, conforme rastreada pela ONU. Criada durante a Guerra Fria para ampliar a presença dos EUA e combater a influência soviética, a agência também tem sido uma ferramenta de poder frente à crescente influência chinesa.
O fechamento da Usaid geraria sérios impactos em diversas iniciativas humanitárias ao redor do mundo, como o fornecimento de tratamentos médicos, segurança alimentar e projetos de energia. Além disso, a decisão de Musk ocorre em um contexto de políticas externas de “EUA em primeiro lugar”, com o governo Trump já tendo suspenso trilhões de dólares em ajuda global. Alguns programas essenciais, como hospitais de campanha e tratamentos para doenças como HIV, já estão em risco. A medida pode resultar em uma significativa reconfiguração das relações internacionais dos EUA com países que dependem dessa ajuda.
A decisão também gerou tensões internas no governo dos EUA, com o fechamento da sede da Usaid em Washington e bloqueio do acesso de funcionários aos sistemas da agência. Além disso, Musk e sua equipe já exerceram um controle crescente sobre diferentes áreas governamentais, como a gestão de dados pessoais de cidadãos e servidores federais. Este movimento faz parte de um esforço mais amplo para reduzir a burocracia e promover reformas estruturais dentro da administração pública, embora haja críticas sobre os métodos e a falta de transparência no processo.