A guerra na Ucrânia trouxe à tona uma série de atrocidades que, em alguns casos, parecem ter sido esquecidas pela opinião pública global. Massacres como o de Bucha e as fossas comuns em Izium são mencionados, mas frequentemente ofuscados pela dinâmica política internacional. A velocidade das declarações do novo presidente dos Estados Unidos e a constante rotação de justificativas e negações nas relações internacionais dificultam uma compreensão clara dos eventos. A situação parece ser marcada por uma busca incessante por narrativas que minem as acusações de crimes de guerra e, ao mesmo tempo, redefinam a realidade do conflito.
Enquanto isso, ativistas ucranianos têm se visto obrigados a elaborar explicações para o público global, tentando desmistificar a versão dos fatos e enfatizar que, ao contrário do que é frequentemente alegado, a Ucrânia não iniciou o conflito. A principal mensagem desses ativistas é que o país está apenas tentando defender sua soberania, proteger seu território e, acima de tudo, garantir sua sobrevivência diante de uma agressão externa.
Esse cenário exige uma reflexão sobre a forma como as narrativas sobre a guerra são moldadas, sendo muitas vezes distorcidas ou manipuladas. Para a Ucrânia, a luta é também pela verdade, em um contexto onde a rápida evolução política global muitas vezes esconde as realidades brutais do conflito.