O açaí é um alimento básico em muitos lares de Belém, especialmente em suas versões mais espessas, que são mais valorizadas e vendidas a preços mais altos. No entanto, alguns comerciantes recorrem à adulteração para engrossar o produto e aumentar seu valor, colocando a saúde dos consumidores em risco. O uso de substâncias como celulose, espessantes e corantes alimentícios tem sido identificado em análises, o que configura uma fraude. Tais manipulações podem afetar a qualidade do açaí e resultar em problemas de saúde, desde infecções leves até complicações graves.
A Vigilância Sanitária de Belém tem atuado para coibir essas práticas. De acordo com especialistas, a adulteração pode ser identificada pelo consumidor, que pode perceber mudanças na espessura, textura, cor e sabor do açaí. Além disso, investigações anteriores indicaram que ingredientes como farinha de mandioca e tapioca são usados para dar mais consistência ao produto. A presença de celulose, proveniente do papel, também foi detectada, o que torna o açaí menos saudável e mais perigoso para quem consome.
Recentemente, a Vigilância Sanitária realizou inspeções em pontos de venda da capital paraense, resultando na interdição de vários estabelecimentos por comercialização de açaí adulterado. Em uma das ações, um vendedor foi detido por desobediência após reabrir seu ponto de venda sem autorização, depois de ter sido impedido de continuar comercializando o produto adulterado. A fiscalização continua em andamento, com o objetivo de garantir a qualidade do produto e a segurança da população.