Nos últimos dias, a política brasileira foi marcada por um novo elemento simbólico: os bonés. Tudo começou após a posse de Donald Trump, quando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apareceu com um boné vermelho estampado com a frase “Make America Great Again”, um símbolo do movimento político conservador e bolsonarista. O gesto foi visto como um aceno à ala mais conservadora do país, alinhando-se com o trumpismo e com as ideias do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta, membros do governo federal passaram a adotar outro boné, dessa vez azul, com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. A iniciativa foi pensada pelo ministro Alexandre Padilha, que contou que a sugestão partiu de moradores da periferia da Zona Sul de São Paulo. A ideia de utilizar o boné surgiu como uma forma de reafirmar a identidade política do governo Lula e fazer um contraponto ao movimento apoiado pelos bolsonaristas.
A disputa dos bonés continuou em 3 de fevereiro, com apoiadores de Bolsonaro entrando no Congresso Nacional usando bonés verdes e amarelos, cores tradicionalmente associadas ao movimento conservador. Esse ato simboliza a divisão política no Brasil, em que o uso do acessório foi transformado em uma forma de expressar ideologias, reforçando a polarização e as diferenças entre os grupos políticos do país.