O mês de janeiro traz a expectativa de aumentos nos preços no varejo, com a indústria de bens de consumo pressionando por reajustes devido à valorização do dólar e ao aumento dos custos com insumos importados. Além disso, a desvalorização do real tem favorecido as exportações, mas elevado as despesas com produtos estrangeiros, principalmente em setores como alimentos, higiene, limpeza e eletrodomésticos.
Representantes do varejo, já preocupados com essa pressão, indicaram que dificilmente conseguirão evitar o repasse desses custos para o consumidor final, seja de forma integral ou parcial. Embora não tenha ocorrido alta de preços no final de 2024, em razão de estoques já preparados para as vendas de Natal, o cenário se agrava com a chegada de janeiro, quando os reajustes dos fornecedores começam a ser refletidos nas prateleiras.
A maior pressão vem dos setores que dependem de insumos derivados do petróleo e cotados em dólar, como higiene e limpeza. Além disso, o câmbio depreciado tem atraído mais exportações, em especial no agronegócio, o que intensifica ainda mais a escassez interna. A indústria solicita aumentos de preços de cerca de 8% a 10%, e especialistas apontam que isso pode resultar em uma inflação mais alta no curto prazo.