**Title**: [Meta e Trump: aliança contra regulação digital preocupa autoridades globais]
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O secretário de Políticas Digitais do governo brasileiro, João Brant, criticou duramente o anúncio de que a Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, se aliaria ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma tentativa de influenciar governos que buscam regular o ambiente digital. Em uma rede social, Brant afirmou que a iniciativa representa uma afronta à soberania dos países e antecipa ações que poderão ser impulsionadas pelo governo Trump, sobretudo contra países da União Europeia, Brasil e outros que estão implementando medidas para proteger direitos no ambiente digital.
A Meta anunciou mudanças significativas em suas políticas de moderação de conteúdo, incluindo o fim do programa de checagem de fatos e o fim de restrições em temas como migração e gênero. Mark Zuckerberg, fundador da Meta, afirmou que a empresa trabalhará ao lado de Trump para pressionar governos ao redor do mundo que impõem regulamentações mais rígidas e buscam censurar mais conteúdos online. O CEO também afirmou que a Europa estaria institucionalizando a censura, enquanto outros países latino-americanos teriam tribunais secretos para ordenar remoções discretas de conteúdos.
Brant expressou preocupação com a promoção de conteúdo cívico pela Meta, vendo essa mudança como uma forma de apoiar a agenda política da extrema-direita. Além disso, a decisão de descontinuar o programa de checagem de fatos pode prejudicar financeiramente as empresas que atuam nesse segmento, afetando diretamente sua operação nas plataformas da Meta. O secretário destacou que tais mudanças ampliam a centralidade de esforços internacionais, como os da ONU e da União Europeia, para reforçar a integridade da informação e combater a desinformação no ambiente digital.