O prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, causou controvérsia ao defender dois acusados no assassinato da vereadora Marielle Franco. Quaquá afirmou que os réus foram usados como “bucha de canhão” e questionou a investigação, sugerindo sem provas que ela teria ocultado possíveis vínculos entre os executores do crime e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Suas declarações geraram indignação, especialmente por parte da família de Marielle, incluindo sua irmã Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, que considerou as falas inaceitáveis e anunciou a intenção de formalizar uma denúncia à Comissão de Ética do PT.
A reação ao comentário de Quaquá foi ampla, tanto dentro quanto fora do PT. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, repudiou a posição de Quaquá, classificando-a como de caráter pessoal e não representativa da postura do partido. A primeira-dama Janja Lula da Silva também se manifestou, expressando desrespeito pela maneira como o caso estava sendo tratado nas redes sociais. Ambos destacaram a importância da busca pela justiça para Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, e condenaram a desinformação sobre o caso.
Esse episódio adiciona mais um capítulo à série de polêmicas envolvendo Quaquá, que já enfrentou críticas dentro do PT por declarações e atitudes em diferentes momentos, especialmente em relação a outros membros do partido. O incidente também gerou discussões sobre a continuidade de Quaquá na liderança do PT, após suas posturas controversas, incluindo apoio a outras figuras e temas polêmicos. A situação ainda está sendo acompanhada de perto, enquanto o partido avalia como proceder diante das declarações do dirigente.