A Justiça Federal determinou que o Ministério da Justiça e o Governo do Paraná reforcem o efetivo de forças de segurança na comunidade indígena Ava-Guarani, em Guaíra, após um novo ataque que deixou quatro feridos, incluindo uma criança de sete anos e um adolescente de 14. O juiz responsável pela decisão destacou que o atual número de policiais e da Força Nacional tem sido insuficiente para evitar novos conflitos na região, que enfrenta disputas de terra há décadas. A medida visa evitar novos episódios violentos e garantir a proteção da comunidade.
O Ministério Público Federal (MPF) foi quem solicitou a ação, após o episódio de violência ocorrido no início de janeiro. A Polícia Militar e a Força Nacional já iniciaram o reforço nas operações, com monitoramento por terra e ar, buscando identificar os responsáveis pelos ataques e prevenir mais confrontos. Para a segurança dos indígenas, foi enfatizada a importância de ações inteligentes para evitar culpabilizar toda a população local pela violência.
Os conflitos em Guaíra têm raízes profundas, remontando à construção da Usina de Itaipu, quando várias comunidades foram deslocadas. Medições para a solução do impasse territorial estão em andamento, com a participação de órgãos como o Tribunal de Justiça do Paraná, que tem promovido negociações. No entanto, até que a disputa fundiária seja resolvida, a tensão continua a afetar a rotina dos moradores da região.