A deputada estadual em exercício é investigada por supostas irregularidades no seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com denúncias de funcionários fantasmas e de exigência de parte dos salários de assessores, em prática conhecida como rachadinha. De acordo com relatos de ex-assistentes, a parlamentar solicitava que listas de presença fossem assinadas para pessoas desconhecidas, que estavam formalmente nomeadas, mas sem exercer atividades reais. Além disso, há acusações de que servidores eram pressionados a ceder parte de seus salários, especificamente o valor destinado ao auxílio alimentação, em troca de manter seus cargos.
Em outro aspecto das investigações, a deputada também foi acusada de utilizar seus assessores para promover a campanha eleitoral de seu marido, que concorria a uma vaga na Câmara Municipal. Segundo os denunciantes, funcionários foram obrigados a trabalhar para o candidato, com a ameaça de exoneração caso não colaborassem. Ainda, houve relatos de que as doações de tempo para a campanha eram impostas, sendo registradas formalmente como “doações eleitorais”. Essas ações teriam ocorrido por meio de mensagens diretas, como formas de organização e controle das tarefas de campanha.
A parlamentar nega todas as acusações e afirma que as atividades de campanha de seu marido ocorreram de forma legal e voluntária, com o apoio de pessoas de confiança. Ela também refutou as alegações de corrupção no gabinete e criticou os ex-assessores envolvidos, que, segundo ela, estariam motivados por questões pessoais e profissionais. A investigação segue em andamento, com o Ministério Público apurando tanto a prática de rachadinha quanto o possível uso indevido de recursos públicos em atividades eleitorais.