A corrente de comércio marítima brasileira atingiu US$ 492,5 bilhões em 2024, marcando um crescimento de 2,24% em relação ao ano anterior, conforme levantamento da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP). No entanto, a balança comercial via marítima apresentou um declínio de 12,9%, impactada pelo aumento nas importações e pela queda nos preços de commodities essenciais, como soja, combustíveis minerais e minérios. Apesar disso, o Brasil manteve um saldo positivo no comércio exterior, impulsionado por alguns produtos de destaque, como café e celulose.
Os portos brasileiros continuaram sendo fundamentais para o comércio internacional, representando 97,2% do volume total de exportações e importações, com destaque também para a contribuição no valor FOB, que atingiu 82,1%. A ATP destaca a importância de investimentos contínuos em infraestrutura e eficiência para garantir a competitividade do país no cenário global. A associação também alerta para a necessidade de adaptação a novas demandas no mercado internacional, de forma a sustentar o crescimento contínuo do setor.
A ATP, que reúne 35 empresas e 69 terminais privados, é responsável por 60% da carga portuária brasileira e pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos. O desempenho do comércio marítimo no Brasil em 2024 reflete tanto desafios, como a queda nos preços de produtos-chave, quanto avanços, com destaque para os setores que mantiveram bons índices de crescimento, como o café, com alta de 52,7%, e a celulose, com crescimento de 34,8%.