A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo tenham algum tipo de distúrbio visual, com miopia e astigmatismo sendo as condições mais prevalentes. Para muitos, o uso diário de óculos ou lentes de contato é necessário, mas a cirurgia refrativa tem se mostrado uma solução eficaz para eliminar essa dependência. A técnica, que corrige miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia, traz benefícios tanto estéticos quanto de qualidade de vida, permitindo que os pacientes abandonem os óculos.
Para a realização da cirurgia, o paciente precisa atender a três critérios essenciais: ter pelo menos 21 anos, com grau estabilizado por um período de seis meses a um ano, e passar por exames pré-operatórios específicos. Condições como ceratocone, córneas finas e pressão ocular elevada são contraindicações para o procedimento. A cirurgia é indicada para pessoas com até 13 graus de miopia, 6 de hipermetropia e 5 de astigmatismo, e as técnicas mais comuns são o LASIK e o PRK, que variam em termos de recuperação e adequação ao tipo de córnea do paciente.
Após a cirurgia, é necessário evitar atividades físicas intensas, piscinas e praias por pelo menos 30 dias. A recuperação do LASIK costuma ser mais rápida, enquanto o PRK exige um tempo maior. O custo médio do procedimento varia entre R$ 8.500 e R$ 10.500, com algumas operadoras de saúde cobrindo a cirurgia para casos de graus mais elevados. A cirurgia refrativa tem um grande impacto na vida dos pacientes, melhorando aspectos sociais, profissionais e pessoais, mas é fundamental seguir as orientações médicas para garantir a eficácia e segurança do procedimento.