O caminhoneiro envolvido no acidente na BR-116, que resultou na morte de 39 pessoas em dezembro de 2024, foi preso em Barra de São Francisco, Espírito Santo, após exame toxicológico indicar o uso de drogas e álcool no dia do acidente. O motorista estava dirigindo uma carreta que colidiu com um ônibus e um carro em Teófilo Otoni, Minas Gerais, e foi encontrado com substâncias como cocaína, ecstasy, metilenodioxianfetamina e outros medicamentos no organismo. Ele também tinha sua carteira de habilitação suspensa desde 2022 por dirigir sob efeito de álcool.
A prisão preventiva foi determinada pela Justiça de Minas Gerais após a análise das circunstâncias do acidente, incluindo a velocidade excessiva do veículo, o sobrepeso da carga e o fato de o motorista ter fugido do local. Além disso, o juiz considerou que a condução do caminhoneiro foi caracterizada por dolo eventual, ou seja, uma assunção de risco deliberada, agravada pelo uso de substâncias entorpecentes. A investigação revelou que um dos blocos de granito transportados pela carreta se soltou e atingiu o ônibus, provocando a tragédia.
O acidente ocorreu na madrugada de 21 de dezembro, quando a carreta, com 68 toneladas de granito, colidiu com o ônibus que seguia de São Paulo para a Bahia. Além das 39 mortes, vários passageiros ficaram feridos. Durante o depoimento, o motorista admitiu não conferir as condições de transporte da carga, o que evidenciou sua irresponsabilidade e falta de aptidão para a função. A polícia de Minas Gerais, após nova solicitação, foi até o Espírito Santo para cumprir o mandado de prisão.