O Senado aprovou, na terça-feira (10), as nomeações de três novos diretores para o Banco Central, indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nilton David, Gilneu Vivan e Izabela Correa foram os escolhidos para ocupar as diretorias de Política Monetária, Regulação e Supervisão de Conduta, respectivamente. As indicações, que passaram pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), receberam apoio expressivo no plenário, com votos favoráveis majoritários e uma aprovação tranquila para o governo. A nova composição do Banco Central garantirá uma maioria de membros indicados pelo presidente, refletindo seu direcionamento para a autarquia a partir de janeiro.
Os novos diretores se comprometeram, durante a sabatina, a manter o foco na meta de inflação de 3% estipulada para os próximos anos. Nilton David destacou a necessidade de uma atuação firme contra a desancoragem das expectativas de inflação, enquanto Correa e Vivan reforçaram o compromisso com a estabilidade econômica e o cumprimento da política monetária, respeitando a autonomia do Banco Central. A ênfase foi dada à importância de um trabalho contínuo para alcançar a convergência à meta, mesmo diante de desafios como choques de preços e a dinâmica fiscal.
A aprovação dessas nomeações é parte do processo de fortalecimento da atual administração do Banco Central, com Lula agora controlando sete das nove diretorias da instituição. Com isso, o governo assume um papel mais influente na definição das políticas monetária e cambial, enquanto a autonomia da autarquia, garantida desde 2021, permanece uma característica central na relação entre o Banco Central e o Executivo. A expectativa é que a nova diretoria contribua para a estabilização econômica do país, sem interferir nas responsabilidades fiscais do governo.