Após intensos combates no noroeste da Síria, grupos rebeldes conseguiram rapidamente avançar e tomar o controle de importantes cidades do país, culminando com a queda de Damasco em 8 de dezembro. O rápido avanço das forças opositoras surpreendeu o regime, levando o presidente Bashar al-Assad a fugir para a Rússia com sua família. Em menos de duas semanas, os rebeldes dominaram diversas regiões chave, como Aleppo, Hama e Homs, sem encontrar grande resistência das forças governamentais.
O conflito sírio, que teve início durante a Primavera Árabe em 2011, levou à repressão de uma revolta pró-democracia e ao surgimento do Exército Sírio Livre, um movimento rebelde. A guerra se intensificou à medida que diversos grupos, incluindo o Estado Islâmico, se envolviam no território sírio, além da intervenção de potências internacionais como os Estados Unidos e a Rússia. A Rússia apoiou o regime de Assad na luta contra os rebeldes e o Estado Islâmico, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional.
Com a queda do regime e a fuga de Assad, a Síria enfrenta uma nova fase de incertezas políticas e sociais. Após mais de dez anos de guerra, a situação humanitária continua grave, com mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados. A transição para um novo governo permanece indefinida, mas a mudança no poder marca o fim de um ciclo longo de domínio da família Assad sobre o país.