Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve alta nesta terça-feira (10), impulsionados pela queda do regime sírio de Bashar Al-Assad e pela avaliação do impacto geopolítico da situação. Embora a Síria não seja um grande produtor de petróleo, sua localização estratégica no Oriente Médio torna a região vulnerável a mudanças que podem afetar a estabilidade e aumentar o risco para os mercados de energia, o que justificaria um possível prêmio de risco sobre os preços.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro registrou um avanço de 0,32%, fechando a US$ 68,59 o barril, enquanto o Brent para fevereiro subiu 0,07%, a US$ 72,19. A intensificação dos ataques aéreos israelenses na Síria e o avanço das tropas israelenses no território sírio geraram preocupações sobre uma possível escalada do conflito, que poderia afetar a oferta de petróleo na região, especialmente em um cenário geopolítico já instável desde 2023.
Contudo, o mercado de petróleo mostra sinais de resiliência devido ao bom nível de estoques, especialmente na China, e à capacidade de produção ociosa dos países produtores de petróleo. Isso tem diminuído a sensibilidade do mercado às notícias vindas do Oriente Médio. Além disso, a oferta de petróleo está crescendo na América e os produtores de petróleo do Oriente Médio devem aumentar a produção marginalmente, o que leva analistas a preverem um preço médio do barril de Brent em torno de US$ 74 no primeiro trimestre de 2025, com uma expectativa de estabilização dos preços no decorrer do próximo ano.