María Corina Machado, uma das principais figuras da oposição venezuelana, e o diplomata Edmundo González Urrutia participaram de um debate na Câmara dos Deputados do Brasil, onde defenderam uma maior pressão do governo brasileiro sobre o regime de Nicolás Maduro. Ambos destacaram a situação difícil dos opositores venezuelanos que se encontram asilados na embaixada da Argentina, que estão enfrentando condições precárias, como falta de água e eletricidade, e uma crescente opressão. Machado pediu apoio diplomático, sugerindo que a embaixadora do Brasil na Argentina visite a embaixada para verificar a situação.
O diplomata González reforçou o apelo por uma ação mais contundente do Brasil, solicitando que o governo brasileiro presssione Maduro a conceder salvo-conduto aos opositores asilados. Ele também sublinhou a importância de aumentar a pressão em fóruns internacionais para destacar a crise venezuelana. Durante o debate, foram apresentados documentos que contestam a legitimidade da vitória de Maduro nas últimas eleições, incluindo uma ata que sugere que González teria sido o verdadeiro vencedor.
O governo brasileiro, que não reconheceu a vitória de Maduro, tem se mostrado crítico ao regime, e deputados da oposição sugeriram que o Brasil não compareça à cerimônia de posse de Maduro, prevista para 10 de janeiro. Essa discussão acontece em um momento de crescente tensão política, com a oposição venezuelana pressionando por maior apoio internacional enquanto enfrenta desafios internos e externos.