Em janeiro, a cidade de Socorro (SP) foi severamente afetada por enchentes após uma chuva intensa que causou o transbordamento do Rio do Peixe, afetando 190 famílias e colocando o município em estado de emergência. Com a chegada de um novo período chuvoso, muitos moradores revivem o trauma das cheias, temendo que a água suba rapidamente e cause novos danos. Josilene Delfino, uma das vítimas das enchentes, relatou o pânico constante durante as chuvas intensas, pois a água subia de forma imprevisível, destruindo móveis e eletrodomésticos em sua residência.
A Prefeitura de Socorro tem adotado medidas preventivas para minimizar os impactos das chuvas, incluindo limpeza de rios e córregos, manutenção de galerias e drenagem, além da construção de piscinões com recursos federais. A administração também tem realizado obras de infraestrutura em áreas afetadas, como reformas de pontes. No entanto, muitos moradores, como Josilene, afirmam que o apoio da prefeitura durante o desastre foi insuficiente, destacando a solidariedade da comunidade local como principal fonte de auxílio. A prefeitura, por sua vez, defende que forneceu materiais de higiene e abrigo, além de isentar as famílias atingidas do pagamento de IPTU em 2025.
Além das ações preventivas, a Defesa Civil de São Paulo tem monitorado o nível dos rios e emitido alertas para a população, ajudando na preparação para novos temporais. Moradores como Sabrina e Amberson também compartilham o receio constante de novas enchentes, destacando que a rápida elevação do nível das águas mantém a cidade em alerta. Embora a prefeitura reforce seu compromisso com a prevenção e a comunicação contínua das ações realizadas, o temor de que a cidade volte a enfrentar uma tragédia como a de janeiro persiste, afetando emocionalmente os residentes.