O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir os avanços da reforma tributária e as medidas de corte de gastos em tramitação no Congresso. Haddad destacou que o presidente manifestou preocupação com a necessidade de não enfraquecer as propostas em negociação, enfatizando que o governo está determinado a cumprir as metas fiscais para os próximos anos. Ele também mencionou que, se não fosse pela renúncia fiscal de R$ 45 bilhões, o governo teria alcançado superávit primário no primeiro ano do governo Lula.
Além disso, o ministro abordou as modificações feitas na reforma tributária, especialmente após a aprovação do texto no Senado. Ele relatou que o presidente expressou inquietação sobre algumas alterações, como a inclusão de armas e bebidas açucaradas no imposto seletivo, e enfatizou a importância de discutir esses pontos para garantir a consistência da proposta. Haddad explicou que, caso necessário, o presidente poderia intervir para acelerar as negociações, incluindo um possível telefonema para tranquilizar parlamentares.
O governo aguarda a conclusão da votação na Câmara dos Deputados sobre a regulamentação da reforma tributária e a análise do pacote de corte de gastos. Embora ainda existam divergências sobre aspectos específicos da reforma, como a tributação de produtos prejudiciais à saúde, a expectativa é de que um acordo seja alcançado para sancionar a reforma ainda este ano, com ajustes entre as casas legislativas.