O município de Goiana enfrentará uma mudança na administração após a cassação da chapa vencedora nas eleições de 2024. O candidato a prefeito mais votado, Eduardo Honório, que obteve 41.605 votos (78,16% dos válidos), não tomará posse devido à decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que invalidou sua candidatura por considerar que ele assumiria o cargo de prefeito pela terceira vez consecutiva, o que é vedado pela Constituição Federal. Honório havia sido vice-prefeito entre 2016 e 2020, e, após a morte do então prefeito, Osvaldo Rabelo Filho, assumiu a gestão municipal.
Com a cassação, o presidente da Câmara Municipal assumirá interinamente o cargo de prefeito até a realização de uma eleição suplementar, conforme determinado pelo TRE-PE. O segundo colocado nas eleições, Quinho Fenelon, obteve 8.092 votos (15,20%), mas sua candidatura não foi suficiente para alterar a decisão do tribunal. A cidade registrou uma abstenção de 13,82% e uma quantidade considerável de votos nulos e brancos durante o pleito, refletindo a divisão de opinião entre os eleitores.
A eleição para a Câmara Municipal de Goiana também foi concluída, com a eleição de 19 vereadores. Entre os mais votados, destacam-se André do Forró dos Errados (PP) e Cid do Carangueijo (União), com 2.532 e 2.392 votos, respectivamente. A nova composição da câmara será responsável por tomar decisões importantes no município até que um novo prefeito seja escolhido. A instabilidade política no município pode afetar a governabilidade enquanto a transição se desenrola.