O Conselho Deliberativo do Corinthians decidiu, em reunião realizada nesta segunda-feira, pelo impeachment do presidente do clube. A medida é resultado de meses de controvérsias envolvendo alegações de gestão temerária, conforme previsto no estatuto do clube. Entre os motivos citados está um contrato firmado com uma ex-patrocinadora, que teria envolvido empresas intermediárias sob suspeita. O processo ganhou força após o indiciamento do presidente por crimes como associação criminosa e lavagem de dinheiro, conforme investigação da Polícia Civil.
A defesa do presidente questionou o timing do relatório policial, divulgado poucos dias antes da votação, e argumentou que ele não teve oportunidade plena de se defender. Além disso, tentativas judiciais de suspender a reunião foram rejeitadas, embora um habeas corpus tenha sido solicitado para anular o indiciamento. Advogados envolvidos no caso destacaram inconsistências no processo, enquanto aliados do presidente contrataram um ex-ministro da Justiça para tentar impedir a votação.
O impeachment teve início em agosto de 2024, após denúncias sobre irregularidades financeiras e a reprovação das contas do clube. A Comissão de Ética havia recomendado a suspensão do processo até a conclusão das investigações, mas o Conselho Deliberativo prosseguiu com a votação. Com a decisão, o caso pode avançar para a esfera federal, marcando um novo capítulo na crise administrativa do Corinthians.