O ex-ministro da Defesa e general da reserva foi preso no último sábado (14) pela Polícia Federal, sob acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. A prisão foi decretada por um juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), que também manteve a detenção preventiva do ex-ministro, que ficará custodiado no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro. A decisão seguiu investigações da PF, que indicaram a participação do ex-ministro em ações para obstruir a apuração dos fatos relacionados à tentativa de golpe.
O ex-ministro, que foi candidato à vice-presidência em 2022, é apontado como um dos principais articuladores do plano golpista. A Polícia Federal identificou tentativas de obter dados sigilosos relacionados à delação de um ex-assessor de um ex-presidente, com o objetivo de dificultar as investigações. De acordo com o relatório da PF, houve intercâmbio de informações para alterar a realidade dos fatos investigados e alinhar versões entre os envolvidos. Além disso, a Polícia Federal menciona que houve repasse de recursos para financiar atividades relacionadas ao plano.
Durante a operação, além da prisão do ex-ministro, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a outras pessoas próximas ao ex-ministro. A investigação revela uma trama mais ampla, com ações concretas para desestabilizar o processo democrático e obstruir as investigações em andamento.