A economia brasileira registrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024, superando as expectativas de especialistas. De acordo com o IBGE, o avanço foi impulsionado principalmente pelos setores de indústria e serviços, que tiveram aumento de quase 1%. Além disso, o consumo das famílias também apresentou crescimento, favorecido pela combinação de aumento de renda real e redução do desemprego, que geraram maiores salários. O aumento das despesas governamentais também contribuiu para o bom desempenho do PIB.
Esse crescimento robusto tem gerado pressão sobre o Banco Central, que se prepara para sua próxima reunião do Copom, prevista para dezembro. Analistas do mercado financeiro especulam que uma alta na taxa de juros de 1 ponto percentual, levando a Selic para 14% em 2025, é uma possibilidade concreta, considerando o cenário de inflação persistente e uma política fiscal expansionista. Algumas previsões apontam que as taxas podem atingir 13,5% já em março do próximo ano, após três aumentos consecutivos de 0,75 ponto percentual.
O aumento no crescimento econômico também está sendo acompanhado por desafios, como a desvalorização do real em relação ao dólar. Apesar de uma queda momentânea, o câmbio segue em níveis elevados, com a moeda americana cotada acima de R$ 6. Esse quadro reflete uma crise de confiança entre o governo e os investidores, que temem um impacto na estabilidade das contas públicas e possíveis pressões inflacionárias no curto prazo.