Em 2024, Campinas registrou pelo menos 64 casos confirmados de coqueluche, o maior número desde 2014, quando a cidade teve 129 infecções e uma morte pela doença. O aumento significativo de casos foi observado após uma década de queda nos números, com a cidade enfrentando uma média de dois casos anuais desde 2020. A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa altamente transmissível, que afeta principalmente as vias respiratórias e pode causar crises de tosse intensa e falta de ar.
Bebês com até seis meses de idade são os mais suscetíveis a formas graves da doença, representando 28,1% dos casos registrados. Além disso, pessoas com 30 anos ou mais correspondem a 23,4% dos infectados. A maioria dos pacientes reside em áreas urbanas e, em relação ao sexo, 56% são mulheres. No estado de São Paulo, o cenário também é preocupante, com 858 casos registrados até outubro de 2024, o segundo maior número em uma década.
O Ministério da Saúde tem alertado para o reaparecimento da coqueluche em diversas partes do mundo, incluindo países como os Estados Unidos e China. A vacinação é a principal forma de prevenção, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, gestantes, puérperas e profissionais de saúde. Em Campinas, as vacinas podem ser encontradas em diversos postos de saúde, reforçando a importância da imunização para combater a propagação da doença.