No Brasil, a tradição de consumir determinados alimentos durante a virada do ano está fortemente associada a superstições, com o objetivo de atrair sorte e prosperidade. A romã, por exemplo, é considerada uma fruta sagrada, simbolizando fertilidade e fartura, com suas sementes sendo guardadas em carteiras como um amuleto. Outras frutas, como a uva e o louro, também são populares nas simpatias de Ano Novo, com significados semelhantes. Além disso, alimentos como lentilha, castanhas e frutas secas são consumidos para representar abundância e bem-estar no novo ciclo.
A romã, com sua origem entre o Irã e o Noroeste da Índia, tem sido consumida há mais de seis mil anos, sendo considerada sagrada em diversas culturas, como na egípcia e romana. Apesar de sua longa história, no Brasil a produção da fruta é muito limitada, com a maior parte da colheita concentrada no estado de São Paulo. Já a lentilha, outro alimento simbólico da virada, é cultivada desde a Antiguidade e é rica em nutrientes como proteínas, cálcio e ferro. O Brasil, no entanto, depende de importações, especialmente do Canadá, para suprir a demanda nacional.
As castanhas e frutas secas, também tradicionais na celebração de Ano Novo, têm uma produção mais diversificada no Brasil, com diferentes tipos de castanhas cultivadas nas diversas regiões do país, como a castanha-do-brasil no Norte e a castanha de caju no Nordeste. Frutas secas, como uvas passas, damascos e tâmaras, são importadas de países como Argentina, Turquia e Tunísia. Esses alimentos, embora importados, se tornaram parte fundamental das tradições alimentares brasileiras no final de ano, refletindo um misto de influências culturais e práticas regionais.