O Uruguai surge como um exemplo único na América Latina, sendo reconhecido como o país com menor índice de polarização política, segundo o Instituto VDEM da Universidade de Gothenburg, na Suécia. Este cenário é sustentado por um notável consenso nacional em torno da responsabilidade fiscal, independentemente da ideologia dos governos. Desde os anos 2000, o país tem transitado entre administrações de direita e esquerda sem grandes mudanças na condução da política econômica, evidenciando sua maturidade institucional e o papel crucial de um Banco Central independente.
A estabilidade política e econômica do Uruguai é reforçada por sua sociedade igualitária e elevado nível educacional, fatores que ajudam a evitar divisões profundas entre a população. Mesmo em temas controversos, como a descriminalização da maconha durante o governo de José Mujica, o país demonstrou um respeito pela democracia e pelas decisões legislativas, mantendo as medidas mesmo sob administrações de diferentes espectros ideológicos.
Esse ambiente de cooperação política contribui para um consenso nacional que prioriza objetivos comuns em detrimento de divisões radicais, destacando o Uruguai como uma exceção no contexto latino-americano. A ausência de polarização extrema permite que questões econômicas e sociais sejam tratadas de forma pragmática, criando um modelo que pode inspirar outras nações da região.