O Talibã expressou otimismo em relação às futuras relações com os Estados Unidos após a vitória eleitoral de Donald Trump, esperando que o novo governo americano adote uma abordagem pragmática que favoreça um diálogo produtivo entre os dois países. Em comunicado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Talibã, Abdul Qahar Balkhi, destacou a importância de abrir um novo capítulo de relações, com base em um engajamento mútuo que, segundo ele, poderia trazer avanços concretos para ambos os lados.
O porta-voz mencionou o Acordo de Doha, firmado em 2020 durante a primeira gestão de Trump, que levou à retirada das tropas americanas do Afeganistão e ao fim do que o grupo considera uma “ocupação de vinte anos” pelo Ocidente. Esse acordo marcou um ponto decisivo na relação entre os Estados Unidos e o Talibã, culminando na saída das forças americanas em agosto de 2021, em meio a uma retirada caótica e ao colapso rápido do governo afegão apoiado pelos EUA.
Além disso, o Talibã pediu a Trump que desempenhe um papel construtivo nos conflitos que ainda persistem no Oriente Médio. Em setembro de 2021, o grupo anunciou um governo interino de linha dura no Afeganistão, incluindo membros anteriormente detidos em Guantánamo e libertados em 2014. A expectativa do Talibã é que as relações com o novo governo americano avancem a partir de um diálogo baseado no respeito e no pragmatismo.