No dia 25 de novembro, manifestantes de diversas cidades espanholas marcaram o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres com protestos que chamaram atenção para a crescente violência de gênero no país. Em mais de 50 cidades, marchas foram realizadas para lembrar as 41 vítimas de feminicídio registradas até o momento de 2024, com slogans como “Nenhuma a menos” e “Não estamos todas aqui, faltam as assassinadas”. O objetivo dos protestos foi refletir a indignação pela violência persistente e exigir políticas mais eficazes para combater o feminicídio.
Em Madri, duas manifestações se destacaram, com cartazes que traziam frases como “Juntas, o medo vai mudar de lado” e “Você está cansado de ouvir? Nós estamos cansadas de viver isso”. Ativistas vestidas com túnicas e máscaras brancas lideraram a marcha exibindo placas com o nome, idade e local das vítimas de feminicídio registradas em 2024. Além disso, grupos feministas de diferentes facções se uniram para debater temas como os direitos trans e a abolição do trabalho sexual, refletindo a diversidade das pautas do movimento feminista no país.
No contexto dos protestos, a polícia espanhola anunciou a prisão de um jovem de 17 anos, acusado de feminicídio na província de Alicante, elevando o número de vítimas fatais de violência de gênero para 42 em 2024. O Instituto Nacional de Estatística revelou que 2008 foi o ano com o maior número de feminicídios dos últimos 25 anos, com 76 mortes. Até o momento, o total de vítimas fatais de violência de gênero na Espanha soma 1.286 desde 2003.