O atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes em novembro de 2024 surge como uma oportunidade para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprir uma promessa de campanha ainda não concretizada: a de trabalhar pela pacificação e pela distensão do clima político no Brasil. Aliados do presidente destacam que, até o momento, Lula não conseguiu unificar o país como prometido durante a eleição, muitas vezes caindo em armadilhas de confronto com opositores. Este momento, segundo esses interlocutores, seria o ideal para o presidente adotar uma postura conciliatória e reduzir a polarização.
A situação foi analisada após a tentativa de pacificação feita pelo ex-presidente, que, em uma rede social, sugeriu que o atentado foi um ato isolado e defendeu a união do país. No entanto, a Polícia Federal não encontrou evidências de que o autor do atentado tivesse apoio político, embora tenha sido influenciado por discursos de ódio contra figuras do Supremo Tribunal Federal. Para os aliados de Lula, Bolsonaro não tem a credibilidade necessária para pregar a unificação, devido ao seu histórico, e a responsabilidade de buscar um caminho de paz recai sobre o atual presidente.
Para muitos conselheiros de Lula, agora seria o momento de ele adotar uma postura mais pacífica, como fez em 2002, buscando, assim, atrair eleitores descontentes com os discursos mais radicais de sua oposição. A distensão política é vista como um passo essencial para restaurar a harmonia e garantir que o país avance em um ambiente mais estável, longe da polarização e das tensões políticas que marcam o cenário atual.