O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou propostas para mudanças nas regras de reajuste do salário-mínimo e no abono salarial, com o objetivo de controlar os gastos públicos. O salário-mínimo continuará a ter crescimento real, ou seja, acima da inflação, mas a variação anual será limitada a 2,5%. Caso a medida seja aprovada, em 2025, o valor do salário-mínimo será ajustado para cerca de R$ 1.515, uma leve redução em relação ao valor que seria alcançado com a regra atual.
Além disso, o governo propôs mudanças no abono salarial, benefício pago a trabalhadores formais com rendimentos de até dois salários mínimos. A nova regra prevê a redução do limite de renda para acesso ao abono para R$ 2.640, com ajustes anuais pelo INPC até alcançar um salário-mínimo e meio. Essa mudança será gradual, sem prejudicar os trabalhadores que atualmente se enquadram nos critérios anteriores.
As alterações visam gerar uma economia de cerca de R$ 2 bilhões para os cofres públicos em 2025. A proposta, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional antes de entrar em vigor. A medida faz parte de um esforço mais amplo do governo para controlar os gastos primários da União e manter o equilíbrio fiscal, enquanto tenta conciliar o crescimento econômico e a preservação de benefícios sociais.