O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou confiança no cumprimento da meta fiscal para 2025, que visa um déficit primário zero. Durante coletiva de imprensa, Haddad detalhou as medidas de corte de gastos do governo federal, que incluem um pacote de R$ 70 bilhões em economia nos próximos dois anos. O ministro afirmou que, com as ações em curso, acredita que o governo conseguirá equilibrar despesas e receitas sem recorrer a práticas fiscais questionáveis, como “contabilidade criativa”. Ele também destacou a importância de não vender patrimônio público ou deixar de pagar despesas obrigatórias.
O governo anunciou, ainda, mudanças significativas na tributação, com a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que ganham até R$ 5 mil mensais a partir de 2026, um aumento em relação ao limite atual de R$ 2.259,20. Para compensar a renúncia fiscal, o governo propôs a taxação de lucros e dividendos superiores a R$ 50 mil por mês. Segundo Haddad, essas medidas não impactarão as finanças públicas, pois os rendimentos mais altos vão contribuir mais com o sistema tributário.
Apesar da confiança do governo, as propostas ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional. O pacote fiscal também inclui a reformulação de programas sociais e medidas para garantir que as receitas e despesas se alinhem de forma sustentável, sem comprometer a estabilidade fiscal do país. O ministro afirmou que, com as medidas em andamento, o governo não vê necessidade de recorrer a ajustes drásticos ou gatilhos automáticos, acreditando no cumprimento das metas para o ano de 2025.