O G20 Social, iniciado no Rio de Janeiro em 14 de novembro, representa um marco histórico ao permitir pela primeira vez a participação direta da sociedade civil nos debates sobre os desafios globais. Com adesões de 37 países e instituições, a iniciativa brasileira visa a criação de uma aliança global contra a fome, e deve ser ampliada nos próximos anos. O evento, que acontece no Boulevard Olímpico, na Zona Portuária do Rio, reúne uma diversidade de ativistas, líderes comunitários e artesãos, que compartilham suas perspectivas sobre questões como igualdade de gênero, emergência climática e segurança alimentar.
Povos indígenas, como o Pataxó, e moradores de favelas têm sido protagonistas dessa edição do G20 Social, destacando a importância de uma abordagem mais inclusiva e sustentável nas decisões globais. A artesã Vanessa de Carvalho Luz Teles, por exemplo, reforçou a necessidade de conciliar desenvolvimento com respeito ao meio ambiente, lembrando sua participação na Eco-92. O evento também discute como garantir que políticas públicas e ações globais respondam efetivamente às demandas dessas populações marginalizadas, com foco na preservação ambiental e justiça social.
Durante a abertura do evento, o governo federal anunciou um investimento de 680 milhões de reais no PAC dos Resíduos Sólidos, que visa melhorar o manejo de lixo em 460 municípios e gerar 33 mil novos empregos. O evento também conta com apresentações culturais de artistas renomados como Daniela Mercury, Diogo Nogueira e Seu Jorge, proporcionando um ambiente de celebração e reflexão. No sábado, um documento com as principais demandas será entregue ao presidente Lula e levado à reunião dos chefes de Estado, ampliando o alcance das discussões do G20.