Em meio à epidemia de dengue mais grave da história de Campinas, a Prefeitura realiza uma mobilização para fiscalizar imóveis abandonados e fechados, visando eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Na quinta-feira (28), ao menos 12 imóveis foram inspecionados, com agentes autorizados a entrar nas propriedades com apoio judicial e chaveiros. Até a tarde do mesmo dia, oito residências haviam sido vistoriadas, e em uma delas foram encontrados cerca de 100 focos do mosquito.
A medida foi tomada após o município registrar 84 mortes e mais de 120 mil casos confirmados de dengue em 2024. A Prefeitura ressaltou que a maioria dos focos de infecção está em imóveis desocupados, e destacou que 75% dos locais vistoriados enfrentam resistência de moradores, seja pela recusa em permitir a entrada ou pela ausência dos mesmos. As autoridades de saúde também informaram que o proprietário de um imóvel inspecionado já havia sido notificado três vezes sobre a necessidade de eliminar focos de dengue, mas o local continuava com acúmulo de entulho e água, favorecendo a proliferação do mosquito.
Enquanto a epidemia persiste, a Secretaria de Saúde de Campinas orienta os moradores a buscarem atendimento médico imediato caso apresentem sintomas da doença, como febre alta, dores no corpo e sinais de sangramento. A prevenção também continua sendo uma prioridade, com medidas como o uso de telas de proteção, o cuidado com reservatórios de água e a eliminação de materiais que possam acumular água, como pneus e garrafas. As autoridades alertam que, embora não exista medicamento específico para a dengue, o tratamento precoce pode evitar complicações graves.