O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, estabelecido há mais de 200 anos, é um mecanismo que permite a escolha do presidente através de delegados, em vez de um voto popular direto. Composto por 538 delegados, cada estado tem uma representação proporcional à sua população, garantindo que tanto estados grandes quanto pequenos tenham voz nas eleições presidenciais. O sistema foi criado em um contexto histórico em que a realização de uma votação nacional era inviável devido às limitações de comunicação da época.
Atualmente, os eleitores votam em seus estados e, em seguida, os delegados do Colégio Eleitoral formalizam essa escolha. Na maioria dos estados, o candidato que recebe a maioria dos votos populares leva todos os delegados daquela região, o que pode resultar em situações em que um candidato vence a votação popular nacional, mas perde no Colégio Eleitoral. Exemplos desse fenômeno ocorreram nas eleições de 2016, quando a diferença nos votos populares não se traduziu em uma vitória equivalente em delegados.
Além disso, os delegados não são universalmente obrigados a seguir o voto popular, levando a casos raros de “delegados infiéis”. Se nenhum candidato obtiver a maioria dos delegados, a eleição é decidida pela Câmara dos Deputados, um processo raro que ocorreu pela última vez em 1824. Esse sistema reflete a complexidade e a particularidade do processo eleitoral nos Estados Unidos, equilibrando as necessidades regionais e as vozes de diferentes estados.