Na última sexta-feira, o dólar fechou em R$ 5,8699, marcando seu segundo maior valor nominal da história, com uma alta de 1,53%. Essa valorização é atribuída a incertezas fiscais no Brasil e ao clima eleitoral nos Estados Unidos, onde a possibilidade de uma vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais gerou cautela entre investidores, aumentando a procura pela moeda americana como um ativo seguro.
No Brasil, o mercado demonstra desconfiança em relação à falta de ações concretas do governo para conter despesas, especialmente com a ausência de diretrizes de ajuste fiscal, que foram prometidas para serem apresentadas após o segundo turno das eleições municipais. A situação foi agravada pela decisão do ministro da Fazenda de cancelar uma viagem à Europa, o que refletiu uma ausência de soluções imediatas para as preocupações econômicas.
Além dos fatores políticos, dados negativos do mercado de trabalho americano também influenciaram o comportamento do dólar. Um relatório revelou a criação de apenas 12.000 empregos em outubro, bem abaixo da expectativa de 113.000, fazendo com que a moeda recuasse temporariamente para R$ 5,7629. Contudo, o dólar se recuperou rapidamente à tarde, enquanto os investidores buscavam segurança em meio a eventos significativos que se aproximam, incluindo as eleições nos EUA e decisões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve.