Em novembro, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) registrou queda de 0,3 ponto, chegando a 94,9 pontos, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar disso, a média móvel trimestral apresentou um pequeno aumento de 0,1 ponto. O desempenho do ICS é atribuído a dois movimentos distintos: uma piora nas expectativas futuras em vários segmentos do setor e, ao mesmo tempo, uma melhora na percepção sobre a situação atual, indicando que a demanda no setor continua relativamente aquecida.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,5 ponto, atingindo 97,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 2,1 pontos, para 92,2 pontos. A diferença entre os índices reflete um cenário de cautela, alimentado pelas altas taxas de juros, que impactam negativamente as projeções de empresários, apesar dos indicadores positivos no mercado de trabalho e na renda.
O setor de serviços ainda mostra sinais de desaceleração, especialmente em relação às expectativas para os próximos meses. O item que mede a demanda futura teve uma queda de 1,5 ponto, e a tendência dos negócios para os próximos seis meses também recuou. A confiança no setor, portanto, se mantém sustentada pelos resultados positivos do presente, mas a incerteza econômica continua a impactar as projeções dos empresários.