Cinco anos após a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, em um incidente que gerou ampla comoção pública, o policial militar acusado de efetuar o disparo que a atingiu foi absolvido em um júri popular. O julgamento ocorreu no Rio de Janeiro e durou mais de 12 horas, reunindo familiares e testemunhas que relembraram os acontecimentos de 2019, quando Ágatha foi baleada enquanto estava em uma Kombi com a mãe na comunidade da Fazendinha, Complexo do Alemão.
O caso, que trouxe à tona discussões sobre segurança pública e atuação policial em áreas de risco, foi marcado por depoimentos emocionantes, incluindo o da mãe de Ágatha, que relembrou o momento trágico. Durante o julgamento, a defesa do policial argumentou que ele teria confundido um objeto carregado por outra pessoa com uma arma e atirado por engano. Testemunhas de acusação, porém, contestaram essa versão. A perícia indicou que o projétil que atingiu a criança teria ricocheteado antes de entrar na Kombi.
Embora o Ministério Público tenha denunciado o policial por homicídio qualificado, o júri popular decidiu pela absolvição, gerando forte reação dos familiares presentes. O caso também reforça a busca por respostas e justiça em casos semelhantes, com muitos familiares de vítimas de violência esperando por julgamentos que possam esclarecer e responsabilizar autores de crimes.