Entre janeiro e outubro de 2024, o Acre registrou 844 casos de estupro, com uma média diária de 2,7 ocorrências, sendo que 75% das vítimas eram crianças, adolescentes e outras pessoas em situação vulnerável. A quantidade total de estupros no estado é 14% maior em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 736 casos. A cidade de Rio Branco lidera o ranking com 356 registros, seguida por Cruzeiro do Sul e Tarauacá, com 87 e 45 casos, respectivamente. Em contraste, algumas cidades isoladas, como Jordão, não apresentaram registros até outubro deste ano.
Os crimes de estupro de vulnerável, que envolvem vítimas menores de 14 anos ou pessoas incapazes de se defender, representam a maioria dos casos. De acordo com a legislação brasileira, as penas para esses crimes variam de 8 a 15 anos de prisão, podendo ser aumentadas em casos de lesões graves ou morte. A capital do estado continua a concentrar a maior parte dos incidentes, embora outras regiões também apresentem índices preocupantes, como a cidade de Feijó, onde recentemente ocorreu um caso de abuso envolvendo uma criança de 6 anos.
A análise dos dados aponta que o mês de junho teve a maior incidência de estupros, com 106 ocorrências, enquanto os meses de fevereiro e março foram os que registraram os menores números. As autoridades locais continuam alertando para a necessidade de medidas preventivas e de denúncia, oferecendo canais como o Disque 100, o WhatsApp do Ministério da Mulher, e as delegacias especializadas para combater a violência e proteger as vítimas.