O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, chamou o presidente Donald Trump de “indivíduo instável” e solicitou ao Congresso que monitore seus planos para o uso das forças militares em cidades dos Estados Unidos. Em entrevista à CNN na terça-feira, Johnson reagiu à fala de Trump sobre a possível mobilização da Guarda Nacional em Chicago, classificando a medida como “repugnante” e um ataque à democracia.
Johnson argumentou que as tropas militares não foram treinadas para atuar contra cidadãos americanos e que a militarização das cidades é uma afronta tanto para os moradores quanto para os próprios militares. A declaração ocorre no contexto de uma operação federal em Chicago contra suspeitos da gangue venezuelana Tren de Aragua, que resultou na prisão de cerca de 24 pessoas. O governador de Illinois, JB Pritzker, confirmou que o Departamento de Segurança Interna busca o envio de 100 soldados ao estado.
A mobilização militar em áreas urbanas tem gerado forte oposição local e nacional, com autoridades municipais prometendo não colaborar com agentes federais e a Guarda Nacional caso sejam enviados para repressão interna. O episódio pode aprofundar tensões políticas e suscitar debates sobre os limites do uso das forças armadas em solo americano.