O presidente da Argentina, Javier Milei, autorizou a entrada de militares dos Estados Unidos no país por meio de um decreto presidencial publicado recentemente. As tropas americanas participarão de exercícios militares conjuntos com Chile e Argentina, programados para ocorrer entre outubro e novembro. O primeiro exercício, denominado “Solidariedade”, será realizado no Chile entre 6 e 10 de outubro, focado em treinamentos para desastres naturais. Já o segundo, chamado “Trident”, acontecerá na Argentina entre 20 de outubro e 15 de novembro, envolvendo simulações de defesa naval e assistência humanitária nas bases navais de Mar del Plata, Ushuaia e Puerto Belgrano.
A autorização provocou divergências no cenário político argentino, pois a Constituição do país exige que a entrada de tropas estrangeiras seja aprovada pelo Congresso Nacional. O governo de Milei argumenta que o decreto foi uma medida excepcional devido à demora na apreciação do projeto de lei correspondente, que ainda está em tramitação parlamentar. A Comissão Bicameral Permanente deverá analisar a validade do decreto nos próximos dias, conforme informado pela agência Telesur.
A decisão ocorre em um contexto de aproximação entre os governos argentino e norte-americano, após o anúncio do ex-presidente Donald Trump sobre auxílio financeiro ao governo Milei. A autorização para a presença militar dos EUA pode impactar as relações diplomáticas regionais e suscitar debates sobre soberania e legalidade no país.