O Ministério da Saúde identificou uma alteração no perfil dos casos de intoxicação por metanol em São Paulo, com vítimas que consumiram bebidas destiladas em bares, incluindo gin, whisky e vodka. Até então, esses episódios estavam restritos a pessoas em situação de rua ou extrema vulnerabilidade, associadas ao consumo de álcool adulterado encontrado em postos de combustíveis.
Entre 2022 e 2023, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) de Campinas registrou 14 casos de intoxicação por metanol, com 11 mortes confirmadas. Diante desse cenário, o governo federal anunciou a criação de um protocolo para orientar profissionais de saúde na identificação e manejo dos casos, além de emitir alertas aos Procons para reforçar a segurança na comercialização e consumo de bebidas alcoólicas.
O metanol é uma substância tóxica e inodora utilizada ilegalmente na fabricação de bebidas falsificadas, podendo causar sintomas graves como náuseas, visão borrada e até cegueira. O Ministério da Saúde recomenda atendimento médico imediato diante de suspeita de intoxicação e disponibiliza canais de orientação gratuitos para a população. As medidas visam conter a disseminação do problema e proteger a saúde pública.