O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta terça-feira (30) a solicitação de um inquérito à Polícia Federal para apurar a procedência do metanol que provocou intoxicações em 17 pessoas, incluindo três mortes, no estado de São Paulo desde o início de setembro. A investigação visa identificar uma possível rede de distribuição interestadual da substância adulterada, que pode estar ligada ao crime organizado.
De acordo com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o inquérito já foi instaurado e envolve cooperação com a Polícia Civil de São Paulo. A apuração também considera conexões com investigações recentes no Paraná, especialmente relacionadas à cadeia de combustível e à importação de metanol pelo Porto de Paranaguá. O trabalho integrado busca esclarecer as circunstâncias das intoxicações e interromper a circulação do produto ilegal.
O metanol é uma substância tóxica e inflamável, utilizada industrialmente e proibida para consumo humano devido ao alto risco de intoxicação e morte. A Associação Brasileira de Oftalmologia alerta para a necessidade de diagnóstico rápido e tratamento imediato, que inclui medicamentos intravenosos e procedimentos como hemodiálise. As autoridades reforçam a importância da investigação para evitar novos casos e proteger a população.